Danilo Fadel
A gastronomia japonesa é uma incrível obra de arte. Excêntrica não só pelo paladar, mas pela beleza na apresentação de seus pratos, essa culinária exótica possui etiquetas e rituais que vão desde a maneira de servir até o estranho costume de se produzir ruídos ao comer macarrão e sopas.
Tudo começou no ínicio do século vinte, quando os imigrantes japoneses chegaram em São Paulo. Os primeiros restaurantes surgiram na Liberdade, bairro com a maior concentração de orientais na capital paulista. Os brasileiros não se identificaram inicialmente com a comida nipônica e demoraram para se adaptar. Somente na década de 80 a culinária passou a ganhar popularidade, conquistando o paladar até de crianças.
Nos últimos anos, a quantidade de restaurantes japoneses aumentou consideravelmente, apesar de muita gente ainda fazer cara feia para peixe cru. Um dos motivos que explica esta explosão é o fato dos pratos serem extremamente saudáveis, livres de gorduras e de frituras, além de belíssimos.
A maioria dos restaurantes japoneses serve tanto o clássico sushi quanto comidas quentes. Infelizmente, no Brasil não existe a variedade de peixes e mariscos necessários na elaboração de alguns pratos, empobrecendo um pouco o cardápio, que muitas vezes tem de ser adaptado. Essa é uma das razões das inúmeras diferenças que existem entre a comida japonesa servida no Brasil e no Japão.
Segundo o nissei (filho de pais japoneses) Hugo Tanaka, as divergências vão dos ingredientes até a forma de servir dos restaurantes: "A informalidade daqui é totalmente diferente da sofisticação presente nos restaurantes do Japão", disse o chef.
domingo, 16 de março de 2008
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